O parque fechou.

"Vou te deixar assim, no preto e no branco. É triste, sim, de fato. É horrível quando alguém perde suas cores, seus sabores, seus amores. É totalmente instigante ver tantas qualidades irem embora, assim, de um dia para o outro. O encanto acabou, e agora? É como se eu estivesse em uma montanha-russa que só vai para baixo, e colega, vai ser difícil fazer ela subir de novo. Uma vez que o encanto é perdido, é quase que impossível encontrá-lo. Uma vez que a montanha-russa para, é quase que impossível fazê-la andar novamente. E você não a parou apenas. Você fechou o parque inteiro, e foi embora. Porque esse é o problema do seu "parque de diversões". Ele perde a graça rapidinho. Não basta ter apenas um ou dois espetáculos, depois de um tempo você precisa ter algo a mais para mostrar. E, meu bem, sinto lhe informar, mas a luz se apagou, o espetáculo terminou, o parque fechou e tudo de "você" que tinha em mim, se acabou..." 

Lista das coisas que eu odeio em você

Eu poderia fazer uma lista enorme sobre todas as coisas que me irritam em você. Eu odeio o jeito como você caminha. Eu detesto teu cheiro invadindo a sala de manhã, como se todos fossemos obrigados a respirar este perfume de cafajeste. Eu odeio o teu signo, teu ascendente, e até mesmo, a tua lua, que não te permitem sentir. Detesto o fato de você ter um ótimo gosto para músicas, séries e filmes. Eu simplesmente  odeio o jeito como você trata as garotas, fazendo com que todas pareçam especiais, quando na verdade, não passam de "apenas mais uma" na tua enorme lista de corações partidos. Eu detesto o modo de você tratar tudo com indiferença, como se nada importasse para você. Mas o que eu mais odeio, é o fato de não conseguir te odiar. O que eu mais odeio, é ficar hipnotizada enquanto você caminha. O que eu mais detesto, é o fato de procurar teu perfume em todos os cantos, como se fosse uma droga invadindo meu organismo. O que eu mais odeio, é checar seu horóscopo, todos os dias, na esperança de achar algum sinal que mostre que você ainda pode ter sentimentos. O que eu odeio mais ainda, é o modo como somos parecidos quando o assunto é música, séries ou filmes. Mas, sobre o fato de eu ter me tornado apenas "mais uma" na tua lista, ou sobre você me tratar com indiferença e não se importar comigo ou com os meus sentimentos. Eu não "ligo" para isso. O que me irrita mesmo, é o fato de eu deixar meu ódio de lado todos os dias e falar com você como se eu já tivesse superado, quando na verdade, o que eu mais quero, é gritar que eu te amo, bem na tua cara.

Se tu fosses natureza

Não me deixes partir
Para fora de tuas raízes.
Não me deixes fugir
Pelas tuas planícies.
Não permita-me escorregar
Entre tuas folhas
Não permita-me sonhar
Longe dos teus caules
Não liberte-me jamais
De suas pétalas machucadas
Não liberte-me mais
Das tuas cores variadas
Permita-me regar-te
Por toda eternidade
Porque, se eu flor,
Tu floresces.

— Palavras da Lua

Superstições sobre você.

"Eu nunca acreditara em conexões, muito menos em destino. Nunca segui superstições, nunca rezara e pedira nada para os deuses. Nunca fiz rituais ou oferenda para os santos. Mas também nunca me contentara com o espaço em vazio que se abrira em meu peito. Mas desde o momento em que te vi, eu soube. Não tinha mais volta. Agora não adiantava eu checar meu horóscopo o tempo todo, pedir perdão aos deuses ou favores aos santos. Porque você já estava dentro. Você já arrombara a porta, nem adiantou tranca-la. Nem adiantou me esconder ou tentar fugir. Você me achou. Ou melhor, eu achei você. Então eu fechei a escada e subi a porta. Tirei meus poemas e recitei minhas roupas. Assisti minha comida e devorei minha televisão. Apaguei minha cama e deitei-me sobre a luz. Fechei minhas músicas e ouvi meus olhos. Tudo isso porque você me notou. E por mais assustadora que me parecera a ideia de te-lo por perto, nada no mundo me acalmara mais que poder olhar no fundo da tua alma e sentir minhas pernas bambearem, minha voz sumir, meus pés flutuarem e meu coração pulsar mais rápido. Não sei o que acontecera em minha outra vida. Mas se não te fiz ficar na outra, com certeza, vou te fazer ficar nesta."

— Palavras da Lua

Difícil mesmo, é amar!

"É, o amor é uma coisa sem sentido mesmo, quando mais queremos nos afastar, mais nos aproximamos, é inevitável... É como estar em uma montanha-russa, tem seus altos e baixos, as vezes mais baixos do que altos, mas é, é inevitável. O amor vem, de qualquer jeito, mas ele vem, demora, mas vem, ressurge, mas vem, destrói, mas vem. Você não precisa procurar por alguém que te complete, complete a si mesmo, depois encontre alguém que te transborde. Você não precisa fugir, levando todas as suas decepções em uma mala, esqueça a mala, leve apenas seu sorriso, ele conquistará muito mais do que você imagina. Porque ninguém vai olhar você por dentro, ninguém vai querer saber o que você sente, e nem porque sente. Ninguém vai se importar com suas dores e seus amores, mas sim, eles vão olhar a sua auto-confiança, porque isso sim chama a atenção, isso sim faz alguém se interessar por você. É fácil mesmo amar aquele alguém sentado na mesa do bar, com um sorriso no rosto. É fácil mesmo amar aquela pessoa linda que você viu na rua semana passada. É fácil amar aquele que te puxa pra dançar em uma balada. Difícil mesmo é amar os seus defeitos, difícil mesmo é conviver com a pessoa, com seus problemas, suas reclamações, suas queixas deploráveis. Difícil mesmo é segurar as pontas por alguém, é abrir mão da sua felicidade, para ver a felicidade do outro. Difícil mesmo, é amar, mas não se preocupe, sempre haverá alguém para te ensinar. "
— Palavras da Lua

Eu sou inverno, você verão.

Eu sou inverno
Você, verão
Eu e minhas poesias
Você e seu violão

Eu sou calmaria
Perdida em uma canção
Você é adrenalina pura
Solto na multidão

Eu me afogo em palavras
Você se joga no mar
Eu tento acalmar as águas
Você insiste em agitar

Mas, se você não se importar
Eu gostaria de tentar
Misturar as diferenças
Para ver no que vai dar

Talvez você não se arrependa
Se deixar eu te mostrar
Que apesar dos contras,
Nós ainda podemos combinar.

— Palavras da Lua

Eu, louca e dissimulada...

"Eu, louca e dissimulada, te prendia em uma gaiola feito pássaro. Queria que fosses somente meu, que batesses suas asas somente em minha direção, que cantasses somente em meus ouvidos, contudo, eu me prendi junto a ti nesta gaiola. Eu havia esquecido como era bom voar, ser livre, e cantar solta por aí. Esqueci como era bom sair desta rotina, sair deste “amor”, que por mais sincero e honesto, não era recíproco. Porém, se eu saísse por aí voando, sem rumo algum, não saberia me virar, eu ainda dependo, infelizmente, das suas asas para voar. E por mais que eu tenha muitos motivos para partir, sei que sem você eu não iria conseguir. Por isso eu peço, imploro, repito e suplico, me prenda em tuas asas, me jogue em sua gaiola, e por mais que eu reclame, não me deixes partir. Por que, do que adiantaria toda essa liberdade, se saudade ainda existir?”
— Palavras da Lua